terça-feira, 16 de abril de 2013

Reforço de Português - 8º Ano


João e a Matemática

João saiu furioso da escola. Mais uma negativa na matemática! Ia ficar de castigo e, ainda por cima, lhe cortavam a brincadeiras.
- Para que serve a matemática? – Interrogava-se ele. – Os cães, os gatos, os elefantes vivem sem fazer contas. Antes de inventarem a escolaridade obrigatória a humanidade era feliz sem essa tortura. Pior que a matemática, só as injeções da Tia Engrácia.
Deu um pontapé numa pedra e logo, por azar!!!! A maldita foi acertar no vidro da drogaria. Plim…plim…plim desfez-se em cacos.
João largou a correr, atrás dele o droguista, atrás os colegas a rir, numa chacota.
- Que pontaria!
Não acertas nas contas, mas acertas nas montras.
- Vais ser convidado para a seleção de futebol. Este foi o melhor goleador do campeonato.
Fingindo não os ouvir, o rapaz esgueirou-se, saltou para um lotação, sem saber o destino que levava.
Aos balanços, sacudindo para ali e além, via passar casas e ruas desconhecidas. Perdido por cem, perdido por mil. Havia de ir até ao fim da carreira. Voltar para casa para quê? Para apanhar um surra?
Era quase noite quando o lotação finalmente parou junto a um lago triste. Apeou-se. Não sabia onde estava. Foi vagueando ao acaso, por entre prédios arruinados, até um jardim onde meia dúzia de árvores erguia os ramos para o céu, como fantasmas reformados. Doía-lhe a cabeça e tinha a barriga a dar horas. Sentou-se num banco em frente estava uma pasta de crocodilo.
Sempre fora curioso. Deu dois passos, carregou o fecho dourado e que viu ele? Milhares e milhares de notas de 50 Euros. Procurou um nome, uma morada. Absolutamente nada.
Olhou mais uma vez em volta. Ninguém. Então atirou fora os cadernos e livros e atulhou a mochila com aquela inesperada fortuna.
A cabeça quase lhe andava à roda de fome e entusiasmo. Podia comprar uma quinta, um carro, um cavalo, tudo o que desejasse. Só não podia livrar-se da matemática.
Até aos catorze anos era forçado a ir para a escola.
E ainda dizem que há liberdade!
(Luísa Ducla Soares, O Rapaz e o Robô, Terramar)

João largou a correr, atrás dele o droguista, atrás os colegas a rir; numa chacota.
1 - Transcreve do texto as frases que mostram como é que os colegas comentaram o seu “pontapé certeiro”.
2 - O que fez o nosso herói para solucionar o problema e fugir daqueles que o perseguiam? Concorda com a atitude dele? Justifica a tua resposta.

Deu dois passos, carregou no fecho dourado e que viu ele?
3 - Descreva as emoções e os sentimentos que pensa que João sentiu nesse momento.
4 - O que é que o João fez após ter descoberto o tesouro dentro da pasta de crocodilo?









A Casa da Moeda do Brasil
Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A Casa da Moeda do Brasil. Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas. A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar moedas com o ouro extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e prata, mas depois se passou a produzir moedas de cobre para pequenos valores. [...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a Gráfica Geral e o Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é o responsável pela concepção técnica e artística dos artigos elaborados pela instituição.
O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento).


5 - O terceiro parágrafo do texto é iniciado pela palavra “Ela...”. Esta palavra substitui o seguinte termo:

(A)  A Casa da Moeda.
(B) A Casa da Mineração.
(C) A Gráfica Geral.
(D) Concepção técnica e artística.

6 - A fala do personagem e a cena envolvendo o atleta e seu técnico reforçam, de forma humorística,
(A) a dedicação do atleta aos esportes de inverno.
(B) as dificuldades na prática de esporte de caráter elitista.
(C) a crítica aos problemas ambientais da sociedade.
(D) as necessidades características das competições esportivas

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